O ciúme é um dos sentimentos mais frequente e com o qual mais habituados estamos. Na verdade, se estudarmos um pouco a história, o ciúme está presente desde o início dos tempos. Foi motivo para grandes tragédias. Destruiu vidas, projectos, sonhos, planos e até mesmo populações. Por ciúme faz-se a maior das loucuras, com a consciência que estamos errados. Mas porém, se a situação se repetir, fazemos tudo de novo.
Analizando friamente o ciúme, é apenas um reflexo dos nossos medos em uma outra pessoa. Tornamo-nos agressivos por sabermos que alguém que amamos pode amar outra pessoa. Que pode ter uma experiência que não terá connosco. Que simplesmente estará perto de outra pessoa e não de nós.
Pensando friamente, temos medo que nos façam aquilo que conseguimos fazer. Alguns psicólogos defendem que as pessoas capazes de cometer uma traição são as que têm mais medo de serem traídas. Logo, com mais probabilidades de terem ciúmes. Repito,
o ciúme é um reflexo daquilo que temos medo.
Todos nós temos de nos analizar e pensar naquilo que somos ou não capazes. Analizar o nosso ciúme como um efeito e não uma causa. O ciúme destroi relações a uma velocidade que impressiona até mesmo a pessoa mais preparada. Cabe a cada um de nós dosea-lo e administra-lo a gosto, com respeito pela pessoa que nos acompanha na relação.
Nas palavras do filósofo: "O ciúme é como um medicamento, quando administrado na dose certa, salva, quando em demasia, mata". O problema é termos ciúmes de mais. E isso não é sinónimo de amor. Antes pelo contrario porque amor é também respeito. E ao vivermos uma vida de ciúme, possessiva e obcecada, não respeitamos quem está connosco.
Antes de ter a próxima crise de ciúme, sente-se. Respire fundo. Pense em tudo o que se está a passar e analise facto a facto. Tente saber toda a verdade, só depois confronte. E mesmo assim, ouça. Muitas vezes os factos têm outra leitura. E afinal, a sua relação merece sempre.