. As 7 questões que se deve...
. Deixar a velha magia no s...
. Os cheiros e os gostos nu...
. Gritos, acusações e discu...
. O vale dos homens de vint...
. Uma pequena frase para me...
Ainda sente alguma coisa pela pessoa que se prepara para deixar?
Está a sentir os seus sentimentos diminuirem até desaparecerem ou sente-se impotente perante uma situação/problema que ensombra a relação? Se ainda existem sentimentos de carinho e afecto deverá ainda explorar outra saída antes de partir para uma guerra aberta.
Acredite que ninguém quer chegar a meio de um divórcio e perceber que está a cometer um erro. Pense bem.
Houve, alguma vez, uma relação a sério?
Se verificar que o seu casamento não passou de duas pessoas a dividir um espaço e as responsabilidade financeiras, então sim: o divórcio é o melhor caminho a seguir. O casamento é um acumular de vivências e cumplicidades que se não nos entregarmos inteiramente, nunca funcionará.
Quer mesmo divorciar-se ou está apenas a ameaçar que se divorcia?
Verifique se é isso mesmo que quer ou se está apenas a chantangiar com vista a ganhar uma posição de poder. Se se sente num estado de frustração, existem muitas outras formas de conseguir fazer ouvir a sua voz.
A sua decisão de se divorciar é baseada em emoções ou está mesmo ciente que só existe essa opção?
Se está mesmo ciente dessa opção tem de estar pronta a cortar todo e qualquer laço com a pessoa com quem dividiu a sua vida. Isso implicará cruzar-se em público quando essa pessoa refizer a sua vida ao lado de uma terceira pessoa.
O que está a motivar o seu divórcio?
Não espere que, ao divorciar-se, o seu companheiro a trate com mais justiça ou respeito. Se pensa isso, está a separar-se pelas razões erradas. Frequentemente o divórcio representa um desfilar de insultos, acusações e confrontos. Muitas vezes nem sequer deixando espaço a mais diálogo para além do que é extritamente necessário.
Pensou em todas as consequências negativas do divórcio?
Terá de repensar em toda a sua vida. Reinventar todos os seus objectivos e sonhos. Terá de aprender de novo a viver. Pense em todas as coisas que habitualmente não faz sozinha e pense que, a partir desse momento, terá de fazer.
Será capaz de agir de uma forma madura após o divórcio?
Nada é mais feio que um casal a divorciar-se e que não se sabem comportar à altura. O que infelizmente é o mais frequente. As pessoas só pensam em magoar-se e atingir-se, por vezes com demasiada força e violência. Pense acima de tudo, se tiver crianças pelo meio, que eles serão a arma de arremesso principal se não souberem ser adultos.
Os filhos, não deverão ser motivo para a não separação. Mas têm de perceber que os seus interesses têm de ser salvaguardados a todo o custo.
Muito se fala e se escreve sobre "reanimar a velha magia". Muitos são os casais que ao fim de muitos anos de casados (ou juntos de qualquer forma), vivem uma experiência que lhes traz de volta a velha paixão e os velhos sentimentos. Sinceramente, acho que isso tudo uma grande cambada de tretas.
Peço desculpa pela frontalidade, mas sinto que esse é uma muleta e uma desculpa para não alterarmos a nossa vida no hoje. Continuamos agarrados a velhos sentimentos a velhas sensações.
Acho que o caminho, mais simples, mais proveitoso e mais valioso é descobrir a nova paixão e os novos sentimentos. Ao fim de 20, 25 ou 30 anos de casado, a paixão dá lugar à cumplicidade, à amizada incondicional e ao entendimento. Essa é a nova paixão. É o prazer de estar com alguém com quem vivemos dificuldades, com quem chorámos, rimos, gritámos. Com quem experienciámos o bom e o mau que a vida nos teima em colocar no caminho.
Essa é a energia que deve procurar. Não o que foi outrora, pois esse tempo passou. É agora! É o apaixonarmo-nos de novo. É o encontrarmos novos traços. Descobrir o charme do grisalho, a feminilidade da ruga de expressão e até mesmo o encanto da barriguinha de sedentarismo que vai sendo cada vez mais notória.
É essa a força que precisamos procurar. É esse o nosso segredo.. é esse o segredo do nosso amor eterno. No fundo, é esse o segredo da felicidade.
Este é um conto Budista sobre a natureza humana e sobre as relações.
Vinte monges e uma freira, que se chamava Eshun, estavam a praticar meditação com um Mestre Zen.
Eshun era muito bonita apesar da sua cabeça rapada e das suas roupas simples. Muitos dos monges, secretamente, apaixonaram-se por Eshun. Um deles escreveu-lhe uma nota de amor, insistindo com ela para se encontrarem secretamente.
Eshun não respondeu. No dia seguinte, o Mestre deu uma palestra ao grupo. Quando terminou, Eshun ergueu-se. Dirigindo-se directamente a quem lhe tinha escrito a nota ela disse: "Se de facto me amas, vem e abraça-me agora."
O monge não se mecheu.
Esta história é simples mas representa uma verdade absoluta da natureza humana. Nós crescemos e "aprendemos" a ter vergonha das nossas emoções. Quando confrotados com os nossos desejos mais pequenos, as pequenas confusões desvanecem-se e dissipam-se. Na verdade, confundimos o que é amor, desejo ou obcessão. Cabe a nós, como adultos, "desaprendermos" para que nos consigamos focar naquilo que de facto importa. Focarmo-nos na verdade das emoções, nos seus significados, no impacto que têm nos outros. Só assim conseguimos percorrer o caminho que nos faz verdadeiramente felizes.
"Vejo-te dormir sossegada, calma e serena. Ainda há pouco discutíamos e agora, dormindo serena, já não apreces a fera que eras à duas horas atrás. Porque disseste o que disseste? Porque me magoas deliberadamente. Porque tem de ser sempre assim?
Tens o condão de despertar em mim tudo o que há de mau. Tudo aquilo que tenho medo que os outros vejam. Tudo aquilo que eu tenho medo de ser, e sou. Salta cá para fora tudo aquilo que enterrei bem fundo, onde eu julgo que nem eu posso encontrar. A raiva, a violência. O ódio. Sempre me considerei uma pessoa pacata. Nunca gostei de levantar grandes ondas, nem discutir só por discutir. Mas tu consegues-me tirar do sério. Esquecer todos os ensinamentos Budistas que abundam a minha cabeça. Consegues-me fazer esquecer quem sou, quem quero ser.
Amo-te com a força de mil guerreiros da Luz. Amo-te e faria tudo por ti. TUDO! Mas sinto que me fazes mal. Que me matas aos poucos por dentro. Apenas tenho medo que um dia, me esqueça do que quero ser e deixe vir ao de cima a verdadeira besta. Aquilo que eu não quero ser. Aquilo que todos conseguimos ser numa altura ou n'outra da nossa vida. Nessa altura, só peço coragem e força para voltar a adormecer o bicho. Voltar a ser eu.
Depois vejo-te assim, serena e calma. A dormir. Imagino o teu sonho. Imagino o que te passará pela cabeça. Sem nunca desejar de facto saber o que por lá anda. Isso nunca. Não conseguiria sobreviver a pensar que pensas o que acho que pensas. Tenho medo que me deixes. Pavor mesmo. No entanto, em certas alturas penso que seria o melhor. Melhor para ti. Melhor para o nosso filho. Em ocasião nenhuma ele poderá ver a pessoa que eu posso ser. Não quero. Não posso. Não seria justo. Não para ele. Tem tempo para perceber o quão más as pessoas podem ser. O quão vis e insensíveis.
Ele tem tempo para ver a raiva e o ódio. Deixa-o viver ainda no mundo de fantasia. Tem tempo. Agora, aqui, acordado, com o mundo inteiro a passar-me pela vista, penso o que devo fazer. O que é mais simples? O que é mais correcto? O que é mais justo? Sinceramente, não sei. Não consigo tomar esta decisão. Não consigo. Sou um fraco. Mas sou eu.
Não sirvo para muito. Mal consigo manter esta casa. São mais os problemas que trago que os que resolvo. E mesmo os que resolvo, normalmente é apenas para criar mais problemas. Sei que o problema sou eu. Mas vou resolver isto. De uma vez por todas. E tu, e principalmente ele, ficarão para sempre bem."
Dizem-se e fazem-se coisas. Grita-se. Insulta-se. Magoa-se deliberadamente. Na altura em que o que faz mais falta é carinho e compreensão, há uma feira de insultos e de magoar de propósito. Poucas são as relações que sobrevivem a um clima assim, de guerra constante.
Tente ser mais compreensiva nesta altura. Tente refrear-se. Vai ver que, após a crise estar resolvida, os problemas parecerão mais simples e mais transponíveis. A vida normalmente apresenta-nos saídas e soluções. Se estivermos ocupados a gritar e a discutir, dificilmente se verão essas soluções. Discutir, raramente é a resposta ou a solução. Só cria problemas satélite que muitas vezes levam ao fim da própria relação.
As relações são feitas de pequenos momentos, pequenos pormenores ou acções. Não existe nada que seja assim mesmo. Tudo pode ter inúmeras interpretações ou alusões a verdades. Na verdade, cada um envolvido tem uma verdade que é só sua.
Aprendi à muito tempo que os homens amadurecem mais tarde que as mulheres. Aliás, as mulheres amadurecem mais cedo. Acho que assim fica melhor dito. Quando ainda só pensamos em jogos de computador e futebol, ainda de terna idade, já as mulheres brincam às profissões e às famílias. Se calhar é apenas uma questão social, sinceramente não sei. A verdade é que vivemos numa sociedade que está estruturada de uma forma em que a nós, os homens, é-nos ensinado que podemos brincar até chegarmos a uma idade em que temos de deixar-nos de merdas (com o perdão da palavra) e ganhar dinheiro para a casa.As mulheres, por outro lado, são aos poucos introduzidas naquilo que vai ser a vida futura. Aos poucos, sem pressas e sem stresses. Depois chegamos aos vinte e tais. Uns terminam a faculdade, outros nem por isso, mas chega a altura em que temos de deixar-nos de brincadeiras e trabalhar para nos sustentarmos a nós, e à família que aí vem.
No entanto, essa transição não é assim tão simples. Muitos há que nunca chegam a sair da fase das brincadeiras. Mas é mais ou menos aceite que os homens são "eternas crianças". O pior são as pessoas que partilham o espaço com eles. Muitas vezes são vistas como brinquedos, ou como jogos onde temos quase sempre três vidas. Se falharmos, podemos sempre recomeçar novamente. Na vida real, as coisas não acontecem assim. As feridas e as dores que causamos ao "perder uma vida" podem não se recuperar. E nesta consola de jogos, não temos muito frequentemente mais uma hipótese de recomeçar.
As mulheres, por outro lado, estão a mudar também. Têm um crescer igual e homogéneo mas há uma fase da vida em que percebem como as coisas são e fazem uma pequena regressão. Muitas são as que adoptam uma forma de vida "consola de jogos" brincando e experimentando novos caminhos e novas soluções. Cada vez mais jogamos o nosso jogo sem pensarmos que há mais jogadores ao nosso lado. Até um dia encontrarmos alguém, que joga o nosso jogo melhor que nós. E nessa altura, se calhar, ficamos sem créditos para continuar.
Ao chegar aos vinte e tais, os homens estão à descoberta completa. Os primeiros anos da universidade chegam como um comboio a alta velocidade e eles observam-no como um animal na linha férrea encadeados pela luz. Muitos nem se apercebem do que lhes bateu.
O melhor é pensarmos o nosso jogo e pensarmos, tal como o xadrez, duas ou três jogadas mais à frente. Assim, talvez as pessoas que fiquem pelo caminho são aquelas que de facto tinham de ficar pelo caminho e não apenas danos colaterais da nossa descoberta do novo jogo. Afinal, somos todos, apenas, humanos.