Um blog sobre pessoas, relações e tudo o que nos une.
.posts recentes

. As 7 questões que se deve...

. Deixar a velha magia no s...

. Um pequeno conto budista

. Votação no SAPO

. Os cheiros e os gostos nu...

. Uma carta

. Gritos, acusações e discu...

. O vale dos homens de vint...

. A Infedilidade dos outros

. Uma pequena frase para me...

.arquivos

. Fevereiro 2010

. Setembro 2008

. Julho 2008

. Julho 2007

. Junho 2007

. Março 2007

. Dezembro 2006

. Novembro 2006

. Setembro 2006

Sexta-feira, 15 de Junho de 2007
E quando acaba a relação?
Muito já se escreveu sobre relações, de como começar, durar e acabar. E quando acaba? Como é que se encara? Como se recupera? Foi um post que recentemente li num blog que me fez pensar sobre isto. A verdade é que não há uma resposta simples nem fácil. No entanto há padrões típicos de comportamento seguidos pela maioria das pessoas. Esses padrões são radicalmente diferentes de homens para mulheres.

De novo saliento que o que escrevo é apenas uma opinião, nada mais. Apenas me baseio nas minhas notas, que tiro no decorrer da minha actividade e nas notas que tiro das publicações e livros que leio. Obviamente que existem centenas de excepções a cada regra que se apresenta. Mas por amostra, este seria o padrão típico.

Homens:

Os homens, tipicamente, mudam-se para casa da mãe ou de um familiar próximo. Passam por um período de um ou dois dias de tristeza extrema e depois como que voltam a ser adolescentes. Procuram sair, divertir-se, ter todos os excessos normais da adolescência. Atristeza de homem procura da companheira fugaz para uma aventura é mais que evidente mas depois de cada aventura ficam mais tristes pois não é de facto o que procuram. Tudo se recente: trabalho, amigos, filhos (eventuais) e família. Viram-se apenas para o seu egoísmo como se deixasse de haver mundo lá fora.

No entanto estão muito fragilizados e escondem-no. Os excessos são muito frequentes (como o álcool por exemplo) que os leva a situações embaraçosas e por vezes violentas. Os homens são socialmente mais dependentes no que diz respeito a vida dentro de portas. Tipicamente tem o salário mais elevado e cabe-lhe a tarefa de trazer dinheiro e pagar as contas. À mulher cabem-lhe as tarefas da manutenção doméstica e/ou dos filhos. Felizmente esta tendência está a mudar pelo que cada vez mais as tarefas em casa são distribuídas. E mesmo socialmente os ordenados estão cada vez mais equiparados.

De qualquer forma os homens tradicionalmente são mais "infantis" e comportam-se mais nesse sentido. Frequentemente homens de meia idade, aquando uma situação de separação, pintam o cabelo e mudam de estilo de vestir. Apenas para tentar parecer mais jovens. Quando são os homens a terminar a relação, frequentemente se arrependem e entram em ciclos de comparação que apenas lhes estraga novos relacionamentos.

Mulheres:

tristeza de mulherNas mulheres varia muito se deixaram ou foram deixadas. Uma tónica comum é o ciúme. Mesmo que não todo o amor tenha sido perdido, existe uma sensação de posse que muito dificilmente desaparece. O ciúme de ver o antigo companheiro com outra pessoa consome por dentro. É frequente tentarem arranjar, inclusive, problemas na nova relação. Muitas vezes procurando estar com o ex-companheiro e deixando perdido algum objecto pessoal tal como um lenço ou um brinco. Algo que o comprometa e que lhe levante problemas.

Se a mulher está na posição de "deixada" então piora. Chegam as recriminações, a frase "o que ela tem que eu não tenha" vem ao de cima milhares de vezes. Há uma detioração da vida pessoal agravada que normalmente só se trava com o ocupar do tempo. Esse ocupar pode ser uma nova relação, um novo hobby, projecto ou interesse. Normalmente as mulheres tornam-se mais independentes e conseguem "dar a volta" mais depressa que os homens.

De uma forma geral as mulheres são mais maduras e comportam-se nesse sentido. Frequentemente decidem não ter relações estáveis durante um período de tempo deixando-se apenas com aventuras e relações sem vínculos.

Isto foi, de uma forma simplista, alguns traços típicos tanto dos homens como das mulheres. Existe depois um leque muito abrangente de acções e reacções. Formas de estar e de viver que vão desde o desinteresse até à mais pura obsessão. Apesar de haver uma imagem da mulher obcecada pela relação que termina, é mais frequente ver esse padrão no homem.

Comentários ou perguntas, por favor usem a secção de comentários ou o meu e-mail momentozen@sapo.pt
publicado por Zen às 10:00
link do post | comentar | ver comentários (7) | favorito
Quinta-feira, 14 de Junho de 2007
As minhas 10 frases de Amor favoritas
Sem nenhuma ordem especial, aqui vos trago uma lista de frases de amor que fui juntando nas minhas notas. Espero, assim, partilhar convosco um pedacinho da minha intimidade.


O Amor faz girar o mundo. É o Amor que faz valer a pena comprar bilhete nesta montanha russa louca que é a vida.
Franklin P. Jones

Quando tocados pelo Amor, qualquer um se torna um poeta
Platão

O Amor é um desejo irresistível de ser desejado irresistivelmente.
Robert Frost

Se tem Amor, não precisa de mais nada e, se não tiver, não interessa o que tem a mais.
Sir James M. Barrie

O Amor é o triunfo da imaginação sobre a inteligência
Henry Louis Mencken

O Amor é uma amizade que faz tocar música dentro de nós
E. Joseph Cossman

O verdadeiro Amor chega silencioso, sem estandartes ou luzes a piscar. Se ouvir campainhas, faça um teste aos seus ouvidos.
Erich Segal

O Amor é uma tela fornecida pela Natureza e embelezado pela imaginação.
Voltaire

Tal como a papeira, o Amor é muito perigoso quando nos chega tarde na vida.
Lord Byron

Só damos verdadeiro valor ao Amor, quando o perdemos. E aí, é tarde demais.
William Shakespeare
publicado por Zen às 12:24
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito
Factos sobre uma relação
Qualquer relação assenta sobre quatro pilares fundamentais:

   1. Amor
   2. Compreensão
   3. Responsabilidade
   4. Respeito


Os níveis destes quatro pilares varia de relação para relação. Por exemplo, poderá ser muito amiga(o) de alguém mas reconhecer que essa pessoa não é minimamente responsável. Obviamente que não vai mostrar o mesmo nível amoroso com uma familiar e com um completo estranho.

Os níveis destes quatro pilares em qualquer relação mudam dinamicamente com o estado de espírito de cada pessoa. Por exemplo, num dia em que corre tudo mal (e todos nós temos destes dias...) os níveis de respeito e compreensão podem cair drasticamente. Muitas vezes até traços e características de outras pessoas que até achamos piada, num determinado dia tornam-se o seu mais profundo defeito. Levando-nos muitas vezes a estados de irritação grandes.

No entanto, quando falamos de uma pessoa próxima tal como um membro da família ou alguém com quem temos uma relação íntima, estes pilares devem permanecer elevados. É essa a chave de uma relação duradoura. Se um destes pilares desequilibra, então a relação torna-se desequilibrada. Se esse desequilíbrio se acentua, então muitas vezes é por ali que a relação tomba.

Cada um destes pilares tem a sua própria importância numa relação. Nenhum deles é mais importante que outro. De novo saliento, muito amor sem responsabilidade ou respeito, não irá ajudar nenhuma relação a durar, por exemplo.

Da próxima vez que sinta que a sua relação está a ter um problema grande, avalie cada um destes pilares individualmente. Verá que assim é mais fácil de reconhecer o problema e pensar numa solução a curto, médio e longo prazo.
publicado por Zen às 12:04
link do post | comentar | favorito
A Mentira numa relação
Uma das mais recorrentes causas de separação é, sem dúvida, a mentira. É uma das maiores causas de problemas. Mas muitas vezes não se olha para a total extensão deste problema.

mentira e arrependimentoA mentira é vulgarmente abordada com um olhar egoísta . Isto é, pelo ponto de vista de quem é enganado ou a quem se mente. Mas quem mente entra também numa espiral complicada e perigosa. Há situações que levam a mentir. Demasiadas situações. Depois o embaraço ou simplesmente a vergonha leva-nos a mentir para ocultar uma anterior mentira. Depois, a vida complica a cada hora. O medo de ser descoberto, a angustia de esconder algo a alguém que se ama, o constante sobressalto e o medir as palavras faz com que, quem mente, viva numa constante angustia. Estes estados profundos de preocupação levam frequentemente a irritabilidade, depressão e até mesmo a estados quase suicidas. Há constantemente uma sensação de vivermos uma vida dupla. Em casos extremos o próprio vê-se como outra pessoa, tentando imaginar uma vida diferente fantasiosa, levando a mais mentiras e fugas.

Uma mentira, por mais inocente que pareça, é sempre demais perigosa. Mesmo as consideradas mentiras "brancas" ou de "piedade" podem degenerar em perigosas espirais de mentira, arrastando-nos e prendendo-nos a uma realidade falsa.

Pense bem na sua vida. Olhe em seu redor e veja como pode evitar ou resolver questões antigas. Acredite que existe sempre uma solução e que mais mentiras não sanam, pelo contrario acentuam e agravam os problemas. Muitas vezes as situações resolvem-se de uma forma relativamente simples com diálogo e após uma sequência de mentiras apenas ficam mais complicadas chegando mesmo a não ter saída ou solução.

Pense bem, não haja de impulso e utilize a ferramenta humana mais preciosa: o diálogo.
publicado por Zen às 11:22
link do post | comentar | ver comentários (15) | favorito
Quinta-feira, 29 de Março de 2007
10 Maneiras de manter a sua relação saudável



  1. Falem um com o outro. Sejam os melhores amigos. FALEM!!!! Assim que paixão inicial desvanece apenas resta a conversa. Se não existir conversa, então a relação terá de assentar apenas na parte física. E, por consequinte, não irá durar. Encontre novos assuntos para falar todos os dias, nem que seja apenas falar do seu dia e de como ele correu, e perguntar o mesmo a quem está consigo. Fale sobre notícias actuais, sobre os enredos de filmes ou simplesmente falem sobre os planos da próxima saída. Falar é o segredo da longevidade... nunca se esqueça disso.
  2. Fujam sozinhos. Organizem uma viagem juntos, nem que seja apenas por uma noite ou um fim-de-semana ou uma semana inteira. Irá trazer uma lufada de ar fresco a qualquer relação, e será um teste afastando-vos do vosso local de refúgio. Além do mais, irão criar memórias que durarão para sempre. (Tire muitas fotografias!!!)
  3. Ofereça prendas. Claro que consegue sobreviver ao amor sozinha - mas porque é que o fará?!?!? Nunca se esqueça da importância das prendas. E não se preocupe em gastar fortunas com prendas, a regra é simples: são as coisinhas pequeninas que no fim contam. Uma flor, uma moldura, uma revista, qualquer coisa pequenina que lhe mostre que estava a pensar nele(a). Irá fazer qualquer amor crescer.
  4. Faça amor, bem feito. Esta frase auto explica-se. Muitas vezes numa relação, o sexo torna-se um entrave. Não deixe isto acontecer. Inove! Faça coisas diferentes. Abra os seus horizontes e experimente coisas novas. Acima de tudo, quando estiver a fazer amor, preocupe-se genuinamente com queme stá consigo. Será muito melhor para ambos.
  5. Escreva pequenas notas. Deixe notas escondidas onde sabe que a pessoas que está consigo irá encontrar. Debaixo da almofada, no espelho da casa de banho, na mochila ou até mesmo através do e-mail. Mantenha a fase da côrte durante a relação.
  6. Caminhe. Uma grande forma de passar tempo com quem ama é dar passeios a pé juntos. Não só passarão tempo de qualidade juntos, mas faz com que se sinta bem consigo mesma. É também uma grande desculpa para andar de mão dada.
  7. Flirte. NÃO!! NÃO É COM OUTROS!!!!! Um com o outro. Quando as pessoas estabelecem uma relação, acham que já não é preciso pequenos flirts. Notícia de última hora!!! É tão importante como lembrar-se do nome dele! É simples fazer um flirt, mesmo passados uns anos e já com alguns filhos. Experimente e logo verá.
  8. Tenha encontros. Pegue no seu calendário e planeie um encontro. De preferência com tempo e alternadamente de forma a que ambos se esforcem por mostrar que sabem do que o outro gosta. Ofereça-lhe bilhetes para o futebol e terá os bilhetes para a exposição que tanto quer ir ver mas que nao quer ir sozinha. Junte a esse encontro um jantar romantico e um copo após. Deixe os miúdos com a sogra que afinal, elas dão jeito é nestas ocasiões.
  9. Faça um CD para ele. É tão facil hoje em dia juntarmos uma colecção de músicas e grava-los num CD. Mesmo que não saiba como, peça ao tipo da informática lá do escritório. Ele vai fazê-lo de certeza. Nada melhor para lhe mostrar que gosta e se preocupa com ele.
  10. Cumprimentem-se! Nunca, repito, NUNCA ESQUEÇAM ISTO!!!! - Especialmente se quem está consigo é uma mulher. As mulheres adoram cumprimentos. E faça-os sentidos e sinceros, nunca minta. É preferível não falar de todo a dizer uma mentira. Procure aquilo que mais gosta na pessoa que está consigo, um jeito, um sorriso, uma frase e elogie isso. Não o faça até à exaustão. Mas nunca se esqueça que cai sempre bem um elogio sentido e sincero.
publicado por Zen às 18:42
link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito
Raiva
Quantas das nossas acções foram toldadas ou movidas pela raiva? Quantas vezes já magoamos deliberadamente alguém ou deixamos de ajudar quem precisa?

Quero-vos falar da raiva hoje. É um dos sentimentos mais estranhos e mais difíceis de explicar. Subitamente sentimos subir por nós acima um calor que nos deixa quase inconscientes. Depois explodimos. Quem consegue explodir. Há quem não expluda (ou não possa explodir por força da situação) o que torna tudo ainda pior. Gera ainda mais raiva, deixamos de pensar a conscientemente e tudo nos sai pela boca.



A pior das coisas que nos acontece numa destas alturas, é o fraco discernimento da realidade. Eu passo a explicar. Por vezes, em estado de raiva, criamos uma realidade alternativa na nossa cabeça. Uma imagem dos factos que é só nossa. Acontece que muitas vezes essa não é a verdade, ou é apenas parte da verdade. E agimos erradamente magoando quem nada fez.

A palavra proferida jamais é retirada. Isto significa nada mais nada menos que uma vez saída da nossa boca, já não pode voltar atrás . É como televisão em directo. Está dito, está dito. Para todos os que ouvem na altura, quer o mereçam, quer não.

O amor perdoa e passa por cima, mas nem sempre. Por vezes o que dizemos é tão grave, tão insultuoso, magoa tanto que nada poderá passar por cima do que foi dito.

Assim deixo um conselho a todos os que me lêem (e ainda são alguns :D), não deixem que a vossa raiva
publicado por Zen às 17:06
link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito
Sexta-feira, 8 de Dezembro de 2006
Ciúme
O ciúme é um dos sentimentos mais frequente e com o qual mais habituados estamos. Na verdade, se estudarmos um pouco a história, o ciúme está presente desde o início dos tempos. Foi motivo para grandes tragédias. Destruiu vidas, projectos, sonhos, planos e até mesmo populações. Por ciúme faz-se a maior das loucuras, com a consciência que estamos errados. Mas porém, se a situação se repetir, fazemos tudo de novo.

Analizando friamente o ciúme, é apenas um reflexo dos nossos medos em uma outra pessoa. Tornamo-nos agressivos por sabermos que alguém que amamos pode amar outra pessoa. Que pode ter uma experiência que não terá connosco. Que simplesmente estará perto de outra pessoa e não de nós.

Pensando friamente, temos medo que nos façam aquilo que conseguimos fazer. Alguns psicólogos defendem que as pessoas capazes de cometer uma traição são as que têm mais medo de serem traídas. Logo, com mais probabilidades de terem ciúmes. Repito, o ciúme é um reflexo daquilo que temos medo.

ciumesTodos nós temos de nos analizar e pensar naquilo que somos ou não capazes. Analizar o nosso ciúme como um efeito e não uma causa. O ciúme destroi relações a uma velocidade que impressiona até mesmo a pessoa mais preparada. Cabe a cada um de nós dosea-lo e administra-lo a gosto, com respeito pela pessoa que nos acompanha na relação.

Nas palavras do filósofo: "O ciúme é como um medicamento, quando administrado na dose certa, salva, quando em demasia, mata". O problema é termos ciúmes de mais. E isso não é sinónimo de amor. Antes pelo contrario porque amor é também respeito. E ao vivermos uma vida de ciúme, possessiva e obcecada, não respeitamos quem está connosco.

Antes de ter a próxima crise de ciúme, sente-se. Respire fundo. Pense em tudo o que se está a passar e analise facto a facto. Tente saber toda a verdade, só depois confronte. E mesmo assim, ouça. Muitas vezes os factos têm outra leitura. E afinal, a sua relação merece sempre.
publicado por Zen às 15:01
link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito
Domingo, 26 de Novembro de 2006
Dôr
É imensamente mais fácil falarmos das dores dos outros. É simples sermos racionais e directos. Sermos calculistas e pensarmos qual a melhor palavra, como colocarmos os braços, como olharmos. é facil prevermos o momento certo em que colocamos a nossa mão no ombro de quem sofre, de forma a que sinta o carinho certo no momento certo.

Hoje falo-vos sem essa preparação. Hoje falo sem premeditação. Pelo primeira vez escrevo de improviso. Sobre um dos temas mais abrangentes que podem haver: a dôr. E escrevo isto com lágrimas nos olhos porque me doi.

Hoje perdi o meu pai. Perdi-o para a doença mais estúpida que existe. Sempre o vi forte como um tronco daquelas árvores seculares que nos habituamos a ver nos jardins. Com mãos fortes capazes de derrubar qualquer muro. Hoje vi-o fraco, magro, vencido. Levado por um tumor que em 3 meses retirou dele a lúz e o brilho que sempre teve.

Hoje perdi o meu pai. Quem eu olhava e admirava. Um homem humilde, justo, reservado. Nunca foi dado a burburinhos nem especulações. Um homem que fez vida a malhar ferro e a segurar um maçarico, quente como as próprias entranhas da terra. Aprendeu a moldar o ferro e a construir coisas monumentais. Era um, apenas um, entre milhares, numa qualquer oficina da Lisnave. Mas era o meu pai.

Nunca lhe disse que tinha orgulho nele, mas ele sabia que eu tinha. Mas ficou por dizer, é um facto. E agora, de lagrimas a escorrer, só peço que um dia ele me tenha ouvido. E, acima de tudo, onde quer que ele esteja, espero que um dia ele tenha orgulho de mim.

Hoje perdi-te Pai, mas vais estar sempre vivo dentro de mim. Aqui dentro, nunca te deixarei morrer. Isso juro-te. Até sempre
tags: , , ,
publicado por Zen às 20:04
link do post | comentar | ver comentários (7) | favorito
Quinta-feira, 9 de Novembro de 2006
O Choro interior
Faz algum tempo que este blog não recebe as actualizações que merece. A partir de agora pretendo mudar isso.

O Choro interior

Quantas e quantas vezes não damos por nós a chorar para dentro? Aos poucos, sentimos um pedaço de nós a morrer e a deixar-nos. Aos fazermos isso estamos a cravar dentro de nós a nossa amargura. De tanto chorarmos para dentro, corremos o risco de deixarmos de saber chorar. Tornamo-nos frios, distantes e calculistas. Tornamo-nos sós, mesmo quando estamos no meio de multidões.

Todos temos de ter um momento só para nós. Um abrigo ou um refúgio. Um sítio onde possamos gritar, chorar, rir. Um sítio onde apenas nós existimos. Quantas vezes damos por nós, sozinhos, em locais como um elevador, a fazer caretas para o espelho e a fazermos aquilo que temos de facto vontade? Fazermos caretas a um espelho liberta-nos de uma forma indescritível . Sem termos medo da critica e do sentido de ridículo .

Proponho um exercício: Refugie-se num espaço só seu. Onde tem a certeza que não vai ser encontrado e/ou incomodado. Uma arrecadação, um armário, um local algures numa mata, longe de tudo. E ria, chore, grite, faça caretas. Leve um espelho consigo e faça caretas de forma a fazer-se rir. Lembre-se que ninguém está a ver. Chore se precisar, ria se precisar. Deixe sair para fora todas essas emoções que estão presas aí dentro. Verá que depois, o sol vai brilhar mais bonito.

publicado por Zen às 12:24
link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito
Quinta-feira, 7 de Setembro de 2006
Relações: O jogo da culpa.
Nenhuma relação é um mar de calmaria sempre. Não existem relações em discussões e sem problemas ocasionais. Discussões pequenas e grandes são apenas coisas que acontecem na vida de cada um.

O jogo da culpaMas para além da normalidade, há ocasiões em que essas pequenas discussões se tornam em algo maior. Nessas alturas há vários caminho a percorrer. Tipicamente dois: o caminho difícil e o caminho fácil .

O caminho fácil é o que normalmente os casais seguem. Gritam e apontam o dedo um ao outro. Tentam desesperadamente passar a culpa para o companheiro, A todo o custo encontrar um culpado. Muitas vezes culpam a mão, a sogra, os amigos, o futebol e até o emprego. Muitas vezes vem a desconfiança e com ela, mais discussão .

Discutimos sem tentar perceber o que se passou, sem nos pormos na posição da outra pessoa. E, aos poucos, matamos a nossa relação . As relações são feitas de pequenos pedaços de vida, de pequenas histórias, e dessas, as discussões também são parte integrante. Quantos de nós somos perfeitos? Ninguém. Todos nós temos um dia ou outro em que estamos mais embirrantes e se há dias em que a mínima coisa serve para rebentarmos, outros dias há em que pode cair tudo e parece que nada nos afecta.

O caminho é sempre simples, mas difícil . É parar. Ouvir e colocarmo-nos na posição do outro. Ouvir a questão com os ouvidos do outro. E antes de procurar um culpado, perceber porque é que aconteceu e tomar providências para que não volte a acontecer. Depois, se assim for necessário (e 90% das vezes não o é) então apuram-se responsabilidades . Com estes pequenos exercícios de vida, conseguimos ser melhores para nós, e para os nossos companheiros.

Jogar o jogo da culpa é muito perigoso. E, normalmente, ninguém ganha. A única maneira de ganhar, é não jogar.

Para pensar....
publicado por Zen às 21:39
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito
.pesquisar
 
.tags

. todas as tags

.links
.subscrever feeds