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Sexta-feira, 22 de Junho de 2007
O vale dos homens de vinte e tais

As relações são feitas de pequenos momentos, pequenos pormenores ou acções. Não existe nada que seja assim mesmo. Tudo pode ter inúmeras interpretações ou alusões a verdades. Na verdade, cada um envolvido tem uma verdade que é só sua.

Aprendi à muito tempo que os homens amadurecem mais tarde que as mulheres. Aliás, as mulheres amadurecem mais cedo. Acho que assim fica melhor dito. Quando ainda só pensamos em jogos de computador e futebol, ainda de terna idade, já as mulheres brincam às profissões e às famílias. Se calhar é apenas uma questão social, sinceramente não sei. A verdade é que vivemos numa sociedade que está estruturada de uma forma em que a nós, os homens, é-nos ensinado que podemos brincar até chegarmos a uma idade em que temos de deixar-nos de merdas (com o perdão da palavra) e ganhar dinheiro para a casa.

As mulheres, por outro lado, são aos poucos introduzidas naquilo que vai ser a vida futura. Aos poucos, sem pressas e sem stresses. Depois chegamos aos vinte e tais. Uns terminam a faculdade, outros nem por isso, mas chega a altura em que temos de deixar-nos de brincadeiras e trabalhar para nos sustentarmos a nós, e à família que aí vem.

No entanto, essa transição não é assim tão simples. Muitos há que nunca chegam a sair da fase das brincadeiras. Mas é mais ou menos aceite que os homens são "eternas crianças". O pior são as pessoas que partilham o espaço com eles. Muitas vezes são vistas como brinquedos, ou como jogos onde temos quase sempre três vidas. Se falharmos, podemos sempre recomeçar novamente. Na vida real, as coisas não acontecem assim. As feridas e as dores que causamos ao "perder uma vida" podem não se recuperar. E nesta consola de jogos, não temos muito frequentemente mais uma hipótese de recomeçar.

As mulheres, por outro lado, estão a mudar também. Têm um crescer igual e homogéneo mas há uma fase da vida em que percebem como as coisas são e fazem uma pequena regressão. Muitas são as que adoptam uma forma de vida "consola de jogos" brincando e experimentando novos caminhos e novas soluções. Cada vez mais jogamos o nosso jogo sem pensarmos que há mais jogadores ao nosso lado. Até um dia encontrarmos alguém, que joga o nosso jogo melhor que nós. E nessa altura, se calhar, ficamos sem créditos para continuar.

Ao chegar aos vinte e tais, os homens estão à descoberta completa. Os primeiros anos da universidade chegam como um comboio a alta velocidade e eles observam-no como um animal na linha férrea encadeados pela luz. Muitos nem se apercebem do que lhes bateu.

O melhor é pensarmos o nosso jogo e pensarmos, tal como o xadrez, duas ou três jogadas mais à frente. Assim, talvez as pessoas que fiquem pelo caminho são aquelas que de facto tinham de ficar pelo caminho e não apenas danos colaterais da nossa descoberta do novo jogo. Afinal, somos todos, apenas, humanos.



publicado por Zen às 11:41
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