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Segunda-feira, 30 de Julho de 2007
A Timidez
Coloco aqui uma mensagem que me foi enviada por um leitor deste blog. Acho que poderá ser interessante para todos.

Caro Rui,

Sou um estudante universitário que ainda não conseguiu vencer a timidez. Tenho extrema dificuldade em falar com pessoas - até com pessoas que vejo e estudo todos os dias. Sei que fazer amigos requer tempo e paciência , mas eu nem sequer consigo ter conhecidos. Sempre fui anti-social, mas nunca quis ser. Quem quer certo? Mas não sei como não o ser.

Estou a estudar direito e vou precisar de muita comunicação pessoal; por isso sinto-me mal e deprimido por não conseguir vencer esta introversão. Mas não é a minha carreira que mais me preocupa. Sinto o meu bem estar emocional a deteriorar-se dia após dia e sinto-me perdido no meio das outras pessoas. Há alguma coisa que eu possa fazer para vender a timidez? Tenho lido alguns artigos com medicamentos como o Prozac e o seu sucesso nas pessoas mais passivas - devo considera-lo? Há algum sítio onde eu possa ir para ter terapia? Obrigado Rui. Se quiser publicar esta carta no seu blog e se isso ajudar outras pessoas, por favor não hesite.

- V.

 

Meu caro V.

No que diz respeito a sentir-se tímido, descanse que não está sozinho. A timidez é um conceito muito difícil de definir, mas asseguro-lhe que milhões de pessoas têm o mesmo problema. A timidez é como uma ansiedade social. E normalmente está realcionada com falta de amor próprio e confiança. Em algumas pessoas, essa ansiedade obriga-as a conhecer centenas de pessoas e de ter dezenas de relações pessoais, outras fecham-se completamente para o mundo. Cuidado que a timidez, em casos graves pode cair em solidão que é uma das principais causas de depressão.

Os individuos timidos estão, normalmente, absortos neles mesmos, preocupados com o efeito que terão nos outros e como os outros se sentem em relação a eles. Ficam absortos no seu próprio desconforto e não se conseguem focar numa relação com outra pessoa.Este ciclo torna-as mais sozinhas e, logo, mais timidas.

Existem muitos recursos disponíveis desde profissionais até terapias individuais ou de grupo. Não acredito que os medicamentos sejam a solução. Apenas casos extremos são passíveis de serem tratados com medicação. Acho que há um trabalho longo mas para o qual já deu o primeiro passo! Já procurou ajuda. Isso é o primeiro passo para a recuperação completa.

Vou-lhe enviar um e-mail com mais informação, sinta-se à vontade para me escrever sempre que sentir necessidade.

Rui
publicado por Zen às 10:00
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Quinta-feira, 26 de Julho de 2007
Votação no SAPO
No canal mulher do SAPO, deparei-me com uma votação interessante. A pergunta não podia ser mais simples nem melhor colocada. Perguntam como é que as leitoras do canal se sentem em relação a passar férias com as crianças.

maternidade partilhadaAcredito que se esta mesma questão fosse colocada à 10 anos atrás, os resultados teriam sido algo diferentes. As mulheres cada vez mais trabalham fora de casa. Passam cada vez mais tempo longe da família. No entanto, cada vez mais há mulheres casadas que desejam férias longe dos filhos (e algumas do próprio marido).

De outra forma, se esta mesma pergunta fosse colocada a um público maioritariamente masculino agora e há 10 anos atrás, teríamos também uma mancha de respostas diferentes. Os homens estão mais agarrados aos filhos agora. O homem moderno partilha a vida de casa. Divide as tarefas e frequentemente se encontram homens que fazem qualquer coisa em casa (melhor ou pior, mas vão fazendo cada vez mais).

Até mesmo a maternidade é cada vez mais partilhada. Há inclusive um processo-lei que confere aos homens a possibilidade de usufruir, na integra, da licença da maternidade.

O que acham sobre este assunto? Deixem-me um comentário sobre o que acham.

url da votação: http://vota.sapo.pt/poll_stats2.php?poll=2927

Texto: Rui Castro
Fotografia: cbastesteach
música: divertido
publicado por Zen às 16:07
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Os cheiros e os gostos numa relação
Existem cheiros que gostamos particularmente. Outros pelos quais sentimos completa repulsa. Uns conseguimos habituarmo-nos, outros nem por isso. Mas, e nas relações? Poderá o cheiro ou o gosto ter alguma influência?

cheiros e saboresÉ certo que as memórias sensoriais têm um papel muito importante na nossa vida afectiva. Os cheiros, as imagens, os sabores e os toques representam praticamente 70% das nossas memórias. Nas relações ainda mais. O cheiro, em particular, é um dos aspectos mais fundamentais da nossa condição amorosa. Todos os animais comunicam através do cheiro, quer deixando-o marcando o seu território , quer emanando-o salientando um estado (como o cio por exemplo.

Nós humanos passamos muitas vezes ao lado deste facto. Mas a verdade é que poucas coisas nos atraem ou repelem mais que o cheiro e o sabor. Até o mesmo sabor, por exemplo, em diversas bocas pode ter reacções diferentes. Sabores fortes como o tabaco, o alho ou a cebola, podem ter, em algumas bocas, um efeito de repulsa, enquanto noutras podem ajudar a aumentar o nosso interesse.

O suor, esse tem um lugar especial no inconsciente de nós todos. Aquela pessoa, aquela mesmo, pode estar completamente coberta de suor que será afrodisíaco. No entanto, esse mesmo suor pode ser quase agoniante num transporte público.

As pessoas têm a tendência a mascarar o seu cheiro natural. Perfumes, sais de banho, cremes e toda uma parafernália de coisas são usadas para tapar aquilo que nos toca únicos e, de facto, atraentes. Da próxima vez que se estiver a preparar para um encontro com alguém especial, em vez de colocar o tal perfume que só se usam em ocasiões especialíssimas, tome o seu banhinho e saia sem qualquer odor artificial. Esta é a melhor forma de sabermos, de facto, se a pessoa com que estamos é um par, ou um dos inúmeros impares que por aí andam.

É apenas uma ideia :)


Texto: Rui Castro
Fotografia: Luke Gattuso
sinto-me: cheiroso
publicado por Zen às 11:45
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Segunda-feira, 23 de Julho de 2007
E estou de volta
Aquilo que me parecia uma deslocação rápida ao interior de Portugal, revelou-se muito mais demorada e trabalhosa. Ingénuamente, desconhecia todo o trabalho que existe para fazer no chamado Portugal profundo. Os casos que se amontoam e, sem acompanhamento possível, se vão arrastando no tempo.

A violência doméstica está, cada vez mais, em voga. Aquilo que me parecia coisa do passado, mentalidade ultrapassada, é, cada vez mais, moeda corrente. As pessoas continuam a teimar, tristemente, na lenga lenga: "Até é boa pessoa, quando bebe é que estraga tudo". E desenganem-se se pensam que é apenas uma questão sexista. Já não o é. Há muito que o deixou de ser. Ambos os sexos martirizam as vidas dos seus companheiros de vida. Aquelas pessoas com quem mais deveríamos contar são, em muitos casos, aquelas que tornam as nossas vidas em autenticos infernos.

Amanhã preparo um post com mais conteúdo. Hoje preciso de um bom banho e uma grande dose de descanso. Obrigado a todos os que me enviaram e-mails, vou tentar responder a todos ainda hoje. A ajuda a quem a precisa.

Se precisarem de me contactar, o e-mail é o do costume: momentozen@sapo.pt usem e abusem.
publicado por Zen às 15:35
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