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Após uma ausência, vou retomar este meu canto e desabafos. Foi longa a minha ausência, demasiados projectos e emoções para se deixar aqui de uma assentada só. Com tempo, paciência e depois de desconstruir as coisas porque passei, irei colocar aqui os meus pensamentos. A todos os que, teimosamente, continuaram a visitar-me, um muito obrigado.
Deixaram-me algumas centenas de e-mails. Demorarei alguns dias (largos) a responder a todos. Não fazia a mínima ideia que chegava a tantas pessoas. Agora, sabendo isto, compreendo que fui irresponsável por abandonar aqui este espaço: este nosso espaço. Mas estou cá de novo, a tempo inteiro. Portanto, não hesite em contactar-me de novo, se necessitar a minha ajuda.
Quero deixar aqui um obrigado especial, à Isabem G. ao Nuno R. Carlos R. Carlos H e Rubén R. pelas mensagens fabulosas que me deixaram. Já vos respondi e anseio a todo o momento pela vossa resposta.
E, deixo-vos apenas com um pensamento enquanto encaixo as minhas ideias em palavras:
"Todas as grandes asneiras tinham por trás as maiores das boas vontades." --Oscar Wilde
Peço desculpa a todos os que não respondi.
Embora nem todas as pessoas tímidas tenham a auto-estima baixa, a timidez é normalmente vista como um sintoma de falta de auto-confiança ou medo. Quando se é tímido, é vulgar admitirmos que se tem medo do que as outras pessoas pensem de nós. Ocasionalmente, a timidez é normal. Mas quando se torna um hábito e condiciona a nossa vida, é um problema muito sério.
Proponho aqui um conjunto de exercícios para, de alguma forma, diminuirmos a nossa timidez. Faça uma lista, no papel, que coisas que goste em si. Pode escrever o que quiser, desde a forma como assobia até à forma como aquela roupa lhe fica bem. Tudo é válido desde as coisas mais simples até às mais complexas.
Isto não significa que está a ignorar as duas fraquezas ou fingir que não existem. Este é apenas um exercício para lhe mostrar ou forçar a reparar nas coisas boas que tem. Não inclua coisas como o sucesso financeiro ou a admiração dos seus pares. Afinal, a auto-confiança tem a ver com a forma como se vê a si próprio e não como os outros o vêem. Quando ler o papel, no fim, verá as forças e as virtudes que tem. Repita este exercício várias vezes, tentando aumentar em um ou dois os items da lista de cada vez que a escreve.
Procure um hobby em que se sinta bem e que faça bem. Pode ser qualquer coisa. Mas um valor exterior é uma forma de aumentar a nossa auto-estima. Da mesma forma, fale sobre esse hobby a pessoas chegadas. Se o seu trabalho é de valor será reconhecido e aos poucos ganhará confiança e perderá a timidez nessa campo. Aos poucos, essa sensação irá contagiar o resto da sua vida e todas as suas acções.
Voluntarie-se para um trabalho comunitário. Trabalhar em prol dos outros aumenta em muito a imagem que temos de nós. E, ao mesmo tempo, damos de volta à comunidade um serviço inestimável. Diminui-nos a nossa timidez e torna-nos seres humanos mais valiosos. Ao seu lado estarão pessoas de todos os extractos sociais. Lado a lado, fazendo o mesmo trabalho. Isso da-nos uma sensação de igualdade. Esse pode ser o nosso local seguro onde procuramos abrigo quando nos sentimos mais excluídos.
Conquistando esses sentimentos de falta de auto-estima, irá ver que é um ser humano como todos. Com falhas e com virtudes. E essas virtudes são diferentes das virtudes de todos os outros. Pelo menos o grupo será diferente. O que faz de cada um de nós um ser único, maravilhoso e que merece encarar a vida de cabeça erguida, de igual.
Ainda sente alguma coisa pela pessoa que se prepara para deixar?
Está a sentir os seus sentimentos diminuirem até desaparecerem ou sente-se impotente perante uma situação/problema que ensombra a relação? Se ainda existem sentimentos de carinho e afecto deverá ainda explorar outra saída antes de partir para uma guerra aberta.
Acredite que ninguém quer chegar a meio de um divórcio e perceber que está a cometer um erro. Pense bem.
Houve, alguma vez, uma relação a sério?
Se verificar que o seu casamento não passou de duas pessoas a dividir um espaço e as responsabilidade financeiras, então sim: o divórcio é o melhor caminho a seguir. O casamento é um acumular de vivências e cumplicidades que se não nos entregarmos inteiramente, nunca funcionará.
Quer mesmo divorciar-se ou está apenas a ameaçar que se divorcia?
Verifique se é isso mesmo que quer ou se está apenas a chantangiar com vista a ganhar uma posição de poder. Se se sente num estado de frustração, existem muitas outras formas de conseguir fazer ouvir a sua voz.
A sua decisão de se divorciar é baseada em emoções ou está mesmo ciente que só existe essa opção?
Se está mesmo ciente dessa opção tem de estar pronta a cortar todo e qualquer laço com a pessoa com quem dividiu a sua vida. Isso implicará cruzar-se em público quando essa pessoa refizer a sua vida ao lado de uma terceira pessoa.
O que está a motivar o seu divórcio?
Não espere que, ao divorciar-se, o seu companheiro a trate com mais justiça ou respeito. Se pensa isso, está a separar-se pelas razões erradas. Frequentemente o divórcio representa um desfilar de insultos, acusações e confrontos. Muitas vezes nem sequer deixando espaço a mais diálogo para além do que é extritamente necessário.
Pensou em todas as consequências negativas do divórcio?
Terá de repensar em toda a sua vida. Reinventar todos os seus objectivos e sonhos. Terá de aprender de novo a viver. Pense em todas as coisas que habitualmente não faz sozinha e pense que, a partir desse momento, terá de fazer.
Será capaz de agir de uma forma madura após o divórcio?
Nada é mais feio que um casal a divorciar-se e que não se sabem comportar à altura. O que infelizmente é o mais frequente. As pessoas só pensam em magoar-se e atingir-se, por vezes com demasiada força e violência. Pense acima de tudo, se tiver crianças pelo meio, que eles serão a arma de arremesso principal se não souberem ser adultos.
Os filhos, não deverão ser motivo para a não separação. Mas têm de perceber que os seus interesses têm de ser salvaguardados a todo o custo.
Muito se fala e se escreve sobre "reanimar a velha magia". Muitos são os casais que ao fim de muitos anos de casados (ou juntos de qualquer forma), vivem uma experiência que lhes traz de volta a velha paixão e os velhos sentimentos. Sinceramente, acho que isso tudo uma grande cambada de tretas.
Peço desculpa pela frontalidade, mas sinto que esse é uma muleta e uma desculpa para não alterarmos a nossa vida no hoje. Continuamos agarrados a velhos sentimentos a velhas sensações.
Acho que o caminho, mais simples, mais proveitoso e mais valioso é descobrir a nova paixão e os novos sentimentos. Ao fim de 20, 25 ou 30 anos de casado, a paixão dá lugar à cumplicidade, à amizada incondicional e ao entendimento. Essa é a nova paixão. É o prazer de estar com alguém com quem vivemos dificuldades, com quem chorámos, rimos, gritámos. Com quem experienciámos o bom e o mau que a vida nos teima em colocar no caminho.
Essa é a energia que deve procurar. Não o que foi outrora, pois esse tempo passou. É agora! É o apaixonarmo-nos de novo. É o encontrarmos novos traços. Descobrir o charme do grisalho, a feminilidade da ruga de expressão e até mesmo o encanto da barriguinha de sedentarismo que vai sendo cada vez mais notória.
É essa a força que precisamos procurar. É esse o nosso segredo.. é esse o segredo do nosso amor eterno. No fundo, é esse o segredo da felicidade.
Este é um conto Budista sobre a natureza humana e sobre as relações.
Vinte monges e uma freira, que se chamava Eshun, estavam a praticar meditação com um Mestre Zen.
Eshun era muito bonita apesar da sua cabeça rapada e das suas roupas simples. Muitos dos monges, secretamente, apaixonaram-se por Eshun. Um deles escreveu-lhe uma nota de amor, insistindo com ela para se encontrarem secretamente.
Eshun não respondeu. No dia seguinte, o Mestre deu uma palestra ao grupo. Quando terminou, Eshun ergueu-se. Dirigindo-se directamente a quem lhe tinha escrito a nota ela disse: "Se de facto me amas, vem e abraça-me agora."
O monge não se mecheu.
Esta história é simples mas representa uma verdade absoluta da natureza humana. Nós crescemos e "aprendemos" a ter vergonha das nossas emoções. Quando confrotados com os nossos desejos mais pequenos, as pequenas confusões desvanecem-se e dissipam-se. Na verdade, confundimos o que é amor, desejo ou obcessão. Cabe a nós, como adultos, "desaprendermos" para que nos consigamos focar naquilo que de facto importa. Focarmo-nos na verdade das emoções, nos seus significados, no impacto que têm nos outros. Só assim conseguimos percorrer o caminho que nos faz verdadeiramente felizes.
Ola a todos. Antes de mais, obrigado pelas dezenas de e-mail que recebi a perguntar se tinha ficado doente. O facto é que não adoeci. Tive a acabar o meu doutoramento.
Findo mais esse passo da minha vida, o programa segue como habitual :). Já sabem que podem sempre contactar-me através do e-mail momentozen@sapo.pt